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16ªAssembleia Geral da União Africana de Radiodifusão (UAR) 18 – 20 de Junho de 2025 - Abidjan, Côte d’Ivoire

Tema: Desenvolver os meios de comunicação: quais estratégias para uma

resiliência financeira, tecnológica e para conteúdos inovadores.


NOTA CONCEIPTUAL


I- Contexto

O cenário midiático global encontra-se actualmente em uma encruzilhada crítica. Em

África, os meios de comunicação enfrentam desafios cada vez mais interligados:

pressões econômicas, escassez de recursos financeiros, rápidas transformações

tecnológicas, concorrência crescente e desleal das multinacionais da informação.

A ameaça à viabilidade dos meios de comunicação africanos desestabiliza o tecido

social, impactando directamente os profissionais do audiovisual, cuja situação se

torna cada vez mais precária.


Diante da competitividade imposta pelos novos canais de comunicação, as

emissoras africanas estão sob forte pressão. Os modelos tradicionais de

financiamento, baseados em publicidade e subsídios públicos, estão se

deteriorando. Segundo a UNESCO, as receitas publicitárias em muitos países

africanos registraram uma queda significativa desde 2016. O International Center

For Journalists (ICJ) destaca que "Google e Meta/Facebook agora absorvem cerca

de metade de todos os investimentos em publicidade digital no mundo. Nos últimos

cinco anos, a receita publicitária global dos jornais caiu pela metade". Além disso, os

orçamentos públicos são cada vez mais direccionados para outras prioridades,

tornando os meios de comunicação mais vulneráveis à influência política, à

desinformação e à dependência externa, comprometendo seu papel de contrapoder.


Mudança de Paradigma

As mudanças tecnológicas, embora proporcionem novas oportunidades, também

trazem desafios consideráveis. A transição digital exige investimentos massivos em

infraestrutura, educação midiática e capacitação profissional. No entanto, muitas

mídias africanas, especialmente nas regiões mais remotas, não possuem os

recursos necessários para se adaptar rapidamente, o que amplia o fosso digital e

marginaliza uma parte significativa da população, limitando seu acesso à informação

de qualidade.


A concorrência global também se intensifica. Empresas de mídia estrangeiras, com

tecnologias avançadas e grande cobertura via satélite, captam uma parcela

significativa da audiência africana, em detrimento das mídias locais. Essa

"colonização midiática" ameaça silenciar as vozes africanas e comprometer a

capacidade dos meios de comunicação do continente de reflectir e promover suas

culturas e identidades. Como os governos africanos podem criar um ambiente

midiático favorável ao crescimento e à resiliência? Esse não seria um papel

essencial a ser assumido?


A Urgência da Acção

Diante desse cenário crítico, a União Africana de Radiodifusão precisa agir com

visão clara, determinação inflexível e vontade de transformação radical. É essencial

repensar os modelos econômicos, as estratégias de produção e os formatos de

distribuição.

A inovação deve ser nossa bússola e a antecipação, nosso método. Precisamos

construir um novo paradigma para o futuro da radiodifusão africana, baseado na

integração de novas tecnologias (Inteligência Artificial, Big Data, Blockchain, 5G), na

diversificação de plataformas (streaming, podcasts, redes sociais) e na adaptação

aos novos hábitos da audiência.

Essa transformação não é uma opção, mas uma necessidade urgente para garantir

a vitalidade e o impacto dos meios de comunicação africanos. Estamos prontos para

enfrentar esse desafio e construir um futuro promissor para a mídia africana?


II- Objectivo Geral

O principal objectivo da 16ª Assembleia Geral da UAR é definir e promover

estratégias inovadoras e soluções transformadoras que assegurem a resiliência e a

sustentabilidade dos meios de comunicação africanos diante dos desafios

econômicos, tecnológicos e concorrenciais, preservando seu papel crucial no

desenvolvimento social, cultural e econômico do continente.


III- Eixos Temáticos

Resiliência financeira: Estratégias inovadoras e novos modelos econômicos.

Resiliência tecnológica: Difusão via satélite – custos, investimentos e perspectivas.

Conteúdos inovadores: Relevância, resposta às aspirações do público (juventude,

diversidade, igualdade de gênero, etc.).


IV- Painéis


Painel 1: Transmissão televisiva e transição digital – desafios, inovação e

perspectivas para o audiovisual africano.

Painel 2: Resiliência financeira – antecipar, gerir e prosperar.

Painel 3: Inovação nos conteúdos – criar, impactar e se destacar em um ambiente

competitivo.


V- Público-Alvo

Directores-gerais de empresas de mídia, autoridades governamentais, especialistas,

acadêmicos, criadores de conteúdo, representantes de associações do sector e

parceiros estratégicos.

 
 
 

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